terça-feira, 8 de setembro de 2009

Em Defesa de David Wilkerson


Andrew Strom

Tradução de João A. de Souza Filho

Um vasto segmento do moderno movimento profético americano se opõe a David Wilkerson e às suas declarações. Costumam descrevê-lo como “mercador de tragédias”, porque ele alerta os cristãos americanos das iminentes catástrofes que virão e conclama a nação ao arrependimento.

Numa carta que me foi enviada por um amigo tempo atrás – que havia deixado o movimento profético e retornado a uma igreja pentecostal – ele me disse: “Se eu mencionar o nome de David Wilkerson eles ficam zangados e irados comigo”. Não é triste isto?

Apesar de David Wilkerson alertar a sociedade americana de futuros cataclismos, exatamente como os que temos presenciado – ele é mal-interpretado e denegrido. Tudo porque Wilkerson costuma conclamar os cristãos americanos ao arrependimento. E ele não fica acariciando os “profetas” da prosperidade.

Quando a mensagem “Deus quer que você fique rico” começou a ser pregada por todos os Estados Unidos, David foi um dos poucos que levantou sua voz conclamando o povo ao arrependimento do “amor ao dinheiro”. Ele passou a ser odiado por isto. Especialmente porque é incisivo e franco a respeito deste assunto.

Quando a “bênção de Toronto” surgiu enchendo as igrejas de manifestações bizarras – ele falou contra e disse a verdade do que estava acontecendo. Ele foi um dos poucos – se não o único – líder pentecostal que se posicionou publicamente e refutou este novo “espírito” que invadiu as igrejas. Imagine o quanto David foi desprezado por isto.

Existe um movimento “profético” hoje no mundo que, em minha opinião, seus líderes não deveriam usar o nome de “profetas”. É um movimento de avivamento que vende caminhões de livros e vive de conferências, mas que não tem nada de profético. Mantém sua popularidade porque prega mensagens inspiradas de auto-ajuda. Não se ouve entre eles vozes como a de Amós ou de Jeremias, muito menos a de João Batista. Seus pregadores acariciam as pessoas e não confrontam a vida de pecado que levam.

Muitos desses movimentos têm uma mensagem crônica contra o “espírito religioso”. Os freqüentadores desses encontros vêem espíritos de legalismo e de farisaísmo por toda parte. Por isso, falam apenas sobre “graça, graça, e graça”. As palavras “pecado, justiça e juízo” sumiram de seus glossários, pois têm medo de serem tachados de “religiosos”. Por isso, quando cruzam com um profeta que prega contra o pecado, que fala de retidão e do juízo final – as mesmas coisas que Jesus afirmou que o mundo despreza – eles o rejeitam. Todo verdadeiro profeta sobre os quais li ou com os quais me encontrei pregaram contra o pecado, falaram de retidão e de juízo final. Finney, Wesley, Whifield, Jonathan Edwards, etc.

Criamos um novo sentido para o termo “profético” nos dias de hoje que está bem abaixo dos padrões bíblicos e longe do padrão necessário para quem busca avivamento. Creio que foi Jeremias que criou o termo “profetas sonhadores”. A América não precisa deste tipo de profeta em seus momentos de crise. Precisamos de vozes que falem a verdade, e que alertem o povo, não importa o custo que advir daí. Precisamos de vozes como de trombetas!

David Wilkerson é uma dessas trombetas! Ele é como uma voz solitária – felizmente sua mensagem tem chegado bem longe! Creio que Deus o colocou em Nova Iorque para este tempo – a cidade vive do jogo político (as Nações Unidas), do poder financeiro e do poder da mídia. Creio que David é o “homem de Deus” naquela cidade. E se ele prega que O ARREPENDIMENTO é a mensagem de Deus para a América nestes dias, prefiro crer nele a dar ouvidos a qualquer profeta de palavras açucaradas que ecoam a favor da “prosperidade” e do enriquecimento dos crentes. Prefiro ouvir o homem que tem a mensagem certa para estes dias.

David odeia o pecado e o engano, e ama o povo, por isso sua voz não pode ser silenciada. Esta é a marca de um profeta. Continue David!

Fonte: www.revivalschool.com